UE-Africa Interacqes centra-se igualmente no apoio ao desenvolvi- mento de uma sociedade da informao em Africa e na realizao de esforos especiais para estabelecer capacidade cientifica. No context mais vasto UE-Africa e a fim de implementar as prioridades acordadas, a Comissao Europeia e 31 Estados ACP da Afri- ca Subsariana assinaram em Lisboa programs de cooperaao conhecidos por Documentos de Estratgia Nacionais para o period 2008-2013, avaliados em mais de 8 mil milhes de euros (ver extratexto). Serao assinados acordos semelhantes com outros pauses nas prximas semanas, o que fara aumentar a dotaao da UE atravs do 10. Fundo Europeu de Desenvolvimento para os pauses da Africa Subsariana para um montante entire 11 e 12 mil milhes de euros no perfodo 2008-2013. Este valor nao inclui o financiamento adicional para imprevistos, a ajuda regional, os financiamen- tos do Banco Europeu de Investimento (BEI) e o program de cooperaao separado com a Africa do Sul, os pauses do Norte de Africa e outros acordos, como a assistncia relacionada com o comrcio. Para alm destes, foram con- cluidos acordos de cooperaao separados com os pauses do Norte de Africa, bem como emprstimos do BEI. > "fliana indispensauel" Nas palavras do Comissario para o Desenvolvimento, Louis Michel, a Estratgia Conjunta, o Plano de Aco e os acordos individuals procuram criar uma "aliana indispensavel" entire os dois continents, abordando em conjunto os desafios do future e ultrapassando as diferentes perspectives que podem ter sido expresses na Cimeira de Lisboa. Foi uma Cimeira que correspondeu a todas as expectativas em terms de discusso aberta e sria e relegando para a histria a antiga relao unilateral doador-beneficiario. Um exemplo foi quando a Chancelerina alem, Angela Merkel, aproveitou a oportuni- dade para lembrar ao Presidente Robert Mugabe o caracter universal de valores como os direitos humans. Ele reagiu criticando fortemente a "arrogncia" da Alemanha e de outros pauses que o criticaram. Mais tarde, um apelo do Presidente da Libia, Muamar Gaddafi, para uma indemnizao pelos danos coloniais deparou com a recusa de Louis Michel, que referiu o enorme volume de ajuda ao desenvolvimento atribuida pela Europa nas ltimas dcadas regiao. Procurando unir os dois lados, o Presidente da Comissao da Uniao Africana, Alpha Omar Konar, instou os lideres dos dois continents N. 4 N.E. JANEIRO FEVEREIRO 2008 UL-AFRICA pAT N RS hip ". RI a. PA a "enterrarem detinitivamente o passado colonial". E actualmente, apesar destas declaraoes fran- cas, as relaoes entire a UE e a Libia deram um passo em frente com a decisao do Conselho Europeu de 14 de Dezembro de dar inicio a negociaoes para concluir um acordo de coo- perao com Tripoli. Os dois lados tambm nao se furtaram a ques- toes sensiveis, como as migraoes. Uma ques- to em que a Europa esta preocupada com o afluxo de imigrantes ilegais e Africa esta ansiosa por acabar com a fuga de crebros, mas em que ambos os lados querem aproveitar as oportunidades oferecidas pela migrao cir- cular, as oportunidades de emprego e a criaao de empregos. Os projectores tambm se viraram para a pers- pectiva de acordos comerciais compativeis com a Organizao Mundial de Comrcio (OMC) -os designados Acordos de Parceria Econ6mica: APE. Prev-se que em 2008 estes acordos substituam as preferncias comerciais nao reciprocas de que os Estados ACP tm beneficiado ao abrigo das clausulas comerciais do Acordo de Cotonu. O President do Senegal, Abdoulaye Wade, exprimiu a opiniao de que Africa nao estava pre- parada para criar uma zona de comrcio livre com a Europa. Dois dirigentes europeus concor- daram em certa media com esta opiniao. O Primeiro-Ministro irlands Bertie Ahem afir- mou que era precise "mais tempo" para as nego- ciaoes, enquanto o Presidente francs Nicolas Sarkozy reconheceu a vulnerabilidade de alguns pauses ACP. No entanto, alguns funcionarios europeus salientam que estes pontos de vista nio reflectem a posiao da UE, que atribuiu um mandate Comissao Europeia para negociar os APE com os pauses ACP. Apesar disto, a Comunidade da Africa Oriental, varios Estados da Africa Austral e do Oceano Indico, a Costa do Marfim e o Gana concluiram acordos provisrios de comrcio de mercadorias com a Comissao Europeia. O President desta Instituio, Duro Barroso, comprometeu-se a consultar os lideres das quatro regies africanas antes de lanar uma nova ronda de conversaoes, em Fevereiro pr6ximo, para concluir APE globais com todos os pauses da Africa Subsariana. Estes acordos abrangerao igualmente o comrcio de servi- os, investimentos, propriedade intellectual e a abertura dos contratos pblicos concorrncia F.M. Jos Manuel Barroso durante a Cimeira UE-Africa em Lisboa (8 e 9 de Dezembro de 2007). CEC Jos Manuel Barroso e Alpha Oumar Konar, President da Uniao Africana em Lisboa. CEC