M erspectiva TRIFI CO DE-CB JJ2 frnw t'i ferncla 0onal em ectlue A Comisso Europeia pretend organizer, juntamente com os paises da Africa Austral, uma conferncia regional "de alto nivel" sobre o trfico de crianas, em junho de 2008. paao da sociedade civil, e especial- E sta iniciativa responded a uma preocu- mente da Rede da Africa Austral Contra o Trafico e Abuso de Crianas (Southern Africa Network Against Trafficking and Abuse of Children -SANTAC), apadrin- hada por Graa Machel, viva do antigo President de Moambique, Samora Machel, e esposa de Nelson Mandela, e pelo Prmio Nobel da Paz, o Arcebispo anglicano do Cabo, Desmond Tutu. Numa conferncia organizada por esta ONG em Maro de 2007, em Joanesburgo, o direc- tor-geral da DG do Desenvolvimento na Comissao Europeia, Stefano Manservisi, deu o seu apoio politico a este combat, ao qual se solidarizaram os Comissarios europeus do Desenvolvimento e da Estratgia de Comunicaao, Louis Michel e Margot Wallstrm. um important desafio. Segundo a Organizaao Internacional do Trabalho (OIT), a Organizaao Internacional das Migraoes (OIM) e a UNICEF, o trafico de crianas um fenmeno que afecta varios milhares de pessoas na regiao. Mas dificil medir exactamente a amplitude desse trafico, nomeadamente devido ausncia de assentos de nascimento num pais como o Malavi. Juntamente com Moambique e a Zmbia, este pais considerado ao mesmo tempo um pais "fornecedor" de crianas e de trnsito para a Africa do Sul e a Peninsula Arabica. O trafico de crianas parte do fenmeno mais amplo do trafico de series humans, cujo volu- me de negocios mundial relative ao crime organizado se calcula em cerca de 7 mil milho- es de dlares. Suas causes sao diversas. A SANTAC evoca a pobreza e a epidemia do VIH-SIDA. Estes males tm como consequn- cia um crescimento consideravel do numero de rfaos, que sao confiados tanto a parents como a families de acolhimento, elas prprias em dificuldade e facilmente enganadas pelas organizaoes criminosas que, com o pretext de Ihes oferecerem trabalho ou educaao, recrutam estas crianas, o mais das vezes meninas, para as redes de prostituiao ou para as transformar em escravos. Um dos problems que, se os pauses tenta- rem fazer face individualmente situaao, nio tm a capacidade para controlar as suas fronteiras. Alm disso, mesmo se os dirigen- tes comeam a consciencializar-se deste pro- blema, nao ratificaram, porm, todos os ins- trumentos legais internacionais para comba- ter este flagelo. Tambm nao existem instru- mentos regionais na Africa Austral para a prevenao, supressao ou repressao do trafico de series humans. Dai a necessidade de uma resposta regional, cuja primeira etapa sera a prxima conferncia de Maputo. Esta devera resultar numa declaraao, numa estratgia e num plano de acao de dez anos. Seguidamente, havera que preparar uma con- ferncia de entidades financiadoras organiza- da pelos pauses da Comunidade para o Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) durante a qual se apresentara esse plano de acao, para o qual a Comissao Europeia e os Estados-Membros da UE contribuirao com apoio financeiro. Nesta fase, as medidas pre- vistas vao da elaboraao de programs de cooperaao judiciaria e policial transfern- cia de competncia tcnica. M C*RREIO