1I 13ardo d'Agua Izi 0 Visconde de Malanza 6 fitho do Conselheiro Joao Maria de Sousa e Almeida, Bardo d'Agua Iz6, a quem Sua Magestade a Senhora D. Maria II e EI-Rei D. Luiz dispensaram as mais elevadas honras. E bern as merecia tio prestante cidaddo, pois raros sao os homens, que teem tao excepcional folha de serviqos feitos ao Estado. Nas commiss6es e cargos que servia, corn verdadeiro zelo e superior intelligencia, nunca o Bargo d'Agua Iz6 acceitou remuneracgo algurna. Cedia sempre em favor do Estado os vencimentos que de direito Ihe pertenciam. Nas commiss6es de beneficencia era sempre um dos maiores subscriptores, salientando-se mesmo em muitas d'ellas. Concorria largamente para todos os melhoramentos publicos, quando Ihe era pedido o seu auxilio. Nada queria receber do Estado, quando corn o mais acrisolado amor ou risco da propria vida, o servia, e dava sempre tudo o que podia. Sao grandes os seus actos de philantropia, podendo lembrar-se o de I2:ooo ooo rdis que deu para a mudanqa de Benguella. Sao raros, por certo, os exemplos de tao altruista isenciio Tomou parte na expedicqo militar contra os indigenas do Dombe Grande, em Benguella, equipando gente sua, fornecendo viveres e batendo-se com singular coragem e risco da propria vida. Foi-lhe conferido o grau de cavalleiro da Torre e Espada por estes brilhantes serviqos militares. Tinha apenas 23 annos, quando se bateu contra os indigenas do Dombe Grande, mas a gloria que alcanqou nao o fazia esquecer os negocios commerciaes que dirigia. Muito activo, affavel e intelligente, sabia conquistar a estima publica, e era muito considerado pelo governador geral da Provincia. E assim foi-lhe confiado o governo do districto de Benguella, revelando o joven governador fino tacto administrativo. Ngo era certamente o interesse pessoal que o levava a tao dlfficil cargo. 0 que muito desejava era ser util d colonia e ao seu paiz. E para bern o demonstrar n!o quiz receber os honorarios que Ihe pertenciam. Cedia-os a favor do Estado.